terça-feira, 27 de novembro de 2012

Faz parte da vida entender que tudo é passageiro, que tudo que é bom morre, que tudo desaparece. Algumas vezes, a força do destino obriga a quem tenha decisões que afastam coisas estupidamente valiosas das proximidades, porque estas precisam brilhar em outras praias, talvez até em outro sol, contanto que lá esse brilho seja máximo e ofuscante, onipotente em sua própria existência e beleza de ser.
Não é tão fácil viver pra quem sabe o que é viver. 

Não é fácil amar pra quem sabe o que é amar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"A coisa mais difícil que já tentei fazer foi viver na realidade" Disse a sí mesmo. E com propriedade, assumiu essas palavras como tatuagem no braço, pra que a veja todos os dias ao acordar e todas as noites ao adormecer.
O sono frustrava seus olhos a manterem-se abertos, mas ele persistia. Dono de uma ansiedade colossal, lá foi escrever. E talvez nada tenha saído disso, ou a nada tenha atingido; A ninguém. Mas é fato que precisava se expressar...Debochar do português que tanto despreza e tanto usa como arma, calibre alto, revolver chamariz, brilhante e pungente no brilho de seu talento.

Viver é mais complicado do que dizem as pessoas, disse ele. Existir é fácil. Viver, quem sabe... Só existindo em função de aprender a viver pra saber...Disse ele.

domingo, 4 de novembro de 2012

Soneto da Paciência

Gentil e serena paciência,
Distante caminha de longe da mente,
Crente descrente, rezo para que volte,
A quem por apreço a tí sente.

Da mente o dilatar te perde,
Na loucura, foges em demasia,
E como na ansiedade de quem procria,
A razão sem tí perece.

E sem todo coração amolece,
Todo mau sorriso sorrí,
Toda boa ação se esquece.

Mesmo que a tí pertenço a amar,
Pertenço a esquecer,
Por quem, sem você, sempre me esquece.