sábado, 17 de julho de 2010

Aos Cantores Solitários

Essa cousa fogosa de nós dois é mera lata de cerveja.
Industralizada, pressurizada, armazenada e devidamente encaminhada.

Cerveja, cerveja....

Grande paixão é a nossa!
Nós trabalhamos, juntamos dinheiro
E quando a festa chega, meu amigo...
é época de gueixa
de deixa
licor de ameixa
se inventar, de cereja
licor de cerveja
que é o amargo do malte
no meu coração.

A paixão explode em modo de Co2.
Dura em sua duração eterna de momento.

A paixão vive por um acalanto de gás em ar.

Cerveja desce goela abaixo.
O alcool sobre goela acima.
Emoções, sentimentos.
Tudo tão intenso que soa eterno
O brando momentaneo da falsa eternidade
Que fala por sí e nada diz sobre mim
Onde tolo escrevo poesias
Para todos os cantores solitários de um bar qualquer.