O homem abraça a solidão do travesseiro enquanto o desespero das bozinas da cidade anunciam a noite que está por vir. E se chover, pode molhar. Se as gotículas geladas pegam na carne do pescoço, ele troca calor com elas de bom agrado; O conforto se transforma em aguaceiro no chão.
Ele deita; deixa; dorme; não mais.
Mesmo com frio, sentiu falta da chuva. O vento fez sua parte e lhe mostrou os arrepios.
Saudade maldita que apertou. Levou o corpo ao choveiro, a mão à valvula, a água gélida ao corpo.
Levou a mente a outro lugar, distante.
Caminhou tão sonolento que esqueceu de acordar.
No amanhecer, a chuva dormiu sozinha em sua cama, sumindo de tristeza com o calor do sol.
Foi um pequeno fardo, mas quem se importa?
Talvez o aguaceiro!
Ou a cama...